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Poucas palavras, pequenas compreensões e vários sentires.

domingo, 17 de abril de 2011

DESEJANDO A ETERNIDADE

Fragmento de um romance sem nome


(...) O tempo e este corpo de morte, minhas algemas, minhas prisões. Minh’alma enquista-se, transborda de desejo, entristece-se por não poder consumar seu encontro com o fim de todas as cousas, encontrando a paz eterna além dessa trágica e limitada existência humana.

Esses pequenos toques na eternidade causam desejo de transcendência, causam desespero pelo porvir. Desespero de quem quer beber da eternidade, no entanto, tal momento lhe é privado(por enquanto).

Essa vida sem significado, essa existência transitória e frágil, é muito pequena para a imensidão daquilo que nos espera, quando este corpo de morte será rasgado, e um ser, semelhante a um anjo, voará em direção a uma liberdade indizível junto de Deus. Encontrando-o num lugar onde não haverá mais dor, nem tristeza. 

Lá, andaremos no Amor e na Paz que advém de uma fonte inesgotável, perene, onde a transitoriedade da repetição se extingue para sempre, onde iremos nos encontrar face a face com o Perdão.